Este tema trata sobre nada mais e nada menos que da evolução do Estado brasileiro. Na verdade, o Brasil passou por uma evolução do Estado desde o Estado Monárquico, passando pelo Estado Liberal, pelo Estado Intervencionista (ou Estado de Bem-Estar Social), depois pelo Estado Neoliberal e finalmente pelo Estado Neo desenvolvimentista; mas essas concepções são do campo econômico e às vezes até político do Estado.
Quando se fala de Modelos Teóricos de Administração Pública, se fala na concepção administrativa, ou seja, na forma de administrar o Estado, forma essa que é conduzida pelo Governo. Essa forma de administrar o Estado teve uma evolução através de três modelos teóricos: O modelo Patrimonialista, o modelo Burocrático e o modelo Gerencial.

O modelo Patrimonialista foi o modelo originário das monarquias europeias que, no caso do Brasil, veio com a colonização portuguesa sendo a forma de gestão utilizada durante muitas décadas, mesmo com a Proclamação da República em 15 de Novembro de 1889. Esse modelo foi um modelo de dominação tradicional e hereditária sendo o modelo vigente até 1930. A partir de 1930, deu-se o início da implantação de um novo modelo de administração pública, o modelo burocrático.
O modelo burocrático foi um modelo baseado no poder racional e legal, baseado em regras, formalismo, padronização, meritocracia. Este modelo durou 65 anos, sendo substituído em 1995 pelo modelo gerencial.
O modelo gerencial é o modelo atual. Implantado efetivamente em 1995 sob influência de países de 1º mundo. Este modelo teórico possui suas inspirações advindas das técnicas de gestões privadas, que são técnicas de polivalência profissional. Sua dominação não deixa de ser racional-legal, porém, possui como foco o resultado.
Atualmente, dentro da administração gerencial, vivemos desde a virada do século no ano 2000, o desenvolvimento de uma Nova Administração Pública (ou Nova Governança Pública), com ênfase em transparência, participação cidadã, inovação e governança colaborativa usando a tecnologia da informação e o governo digital, valorizando as políticas públicas baseadas em evidências e fortalecendo o controle social através do compliance (conformidade com leis, regulamentos, normas e padrões éticos, tanto internos quanto externos) e da accountability (responsabilidade, prestação de contas e transparência).