Manutenção dos EPIs: Cuidar para Proteger

Quando falamos sobre Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), é comum pensarmos imediatamente no capacete, nas luvas ou nos óculos de segurança. Mas o que muitas vezes passa despercebido é que não basta apenas fornecer o EPI certo ao trabalhador — é fundamental garantir que ele esteja em boas condições de uso, o que envolve uma manutenção adequada e contínua.

A manutenção dos EPIs vai além de uma simples obrigação legal. Trata-se de uma medida que impacta diretamente a eficiência da proteção, a vida útil do equipamento e, principalmente, a segurança do trabalhador. Um óculos de segurança com a lente riscada, um capacete trincado ou uma luva furada não cumprem seu papel de proteção e, na prática, colocam a integridade física do trabalhador em risco.

De acordo com a Norma Regulamentadora nº 6 (NR-06), é dever do empregador não só fornecer gratuitamente os EPIs adequados ao risco, mas também garantir sua conservação e higienização. Isso significa que o cuidado com os equipamentos não termina no momento da entrega. É necessário estabelecer rotinas de inspeção, limpeza e substituição.

Cada tipo de EPI tem sua particularidade quando o assunto é manutenção. Por exemplo, respiradores exigem uma higienização mais rigorosa e periódica, bem como armazenamento em local seco e protegido da luz solar. Já os protetores auriculares precisam ser avaliados com frequência para garantir que ainda ofereçam o nível de atenuação necessário.

Outro ponto importante é envolver o próprio trabalhador nesse processo. A conscientização da equipe quanto à importância de manter o EPI limpo, conservado e de relatar qualquer dano é essencial para o sucesso dessa prática. Uma luva danificada, por exemplo, pode ser percebida imediatamente por quem a utiliza — e esse relato pode evitar um acidente de trabalho.

É interessante que a empresa tenha um sistema de controle de entrega e manutenção, com registros que indiquem a data de fornecimento, validade (quando aplicável), revisões feitas e substituições realizadas. Isso ajuda não só a manter a organização, mas também a se resguardar em eventuais fiscalizações ou auditorias.

Vale lembrar que EPI mal conservado não é sinônimo de economia. Muito pelo contrário. A negligência com a manutenção pode resultar em acidentes, afastamentos, ações judiciais e, principalmente, prejuízos humanos irreparáveis.

Foto por ThisIsEngineering em Pexels.com

Em resumo, manter os EPIs em bom estado é um compromisso com a vida. É um cuidado que começa com a escolha certa, passa pela entrega adequada e só se concretiza com uma manutenção eficiente. Porque, no fim das contas, é o trabalhador que está por trás de cada equipamento — e é por ele que todo esforço em segurança do trabalho deve valer a pena.

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