Diagrama de Ishikawa: o que é e como montar

Quando ocorre muitos desvios e interrupções sistêmicas nos processos da sua empresa, existem técnicas que você pode usar para analisar e entender de onde vêm esses problemas.

Dentro das sete ferramentas da qualidade utilizadas na gestão de projetos existe uma técnica chamada diagrama de Ishikawa, que ajuda o gestor a entender de onde vêm os desvios.

De forma geral, as pessoas entendem a identificação de problemas como algo negativo, mas um bom gestor pode ver nisso uma oportunidade de encontrar erros no processo de gestão de sua empresa para corrigi-los o mais rápido possível, o que possibilita o desenvolvimento e melhora dos resultados.

Se você quer entender melhor como a ferramenta e como ela pode ser utilizada para acompanhar seus projetos, fique ligado!

O que é o diagrama de Ishikawa?

Primeiramente, vamos entender o conceito, o nome do diagrama de Ishikawa vem do sobrenome do criador da ferramenta – Kaoru Ishikawa. O objetivo do autor era fazer as pessoas pensarem sobre as causas e como ocorria os efeitos dos problemas no processo.

Fonte: Na prática

Falando um pouco mais, esta ferramenta também pode ser chamada de outros nomes como: espinha de peixe, causa-efeito ou 6Ms.

Veja a seguir o motivo da ferramenta ser conhecida pelos nomes citados:

  • Espinha de peixe: Como o nome sugere, o formato do diagrama lembra o corpo de um peixe;
  • 6Ms: Como os seis principais motivos que afetam os processos começam com a letra M, o nome foi dado como 6Ms – método, máquina, medida, ambiente, trabalho e material; e
  • Diagrama de causa e efeito: recebe esse nome porque visa destacar as causas-raiz de um problema;

Os gerentes costumam usar o nome 6Ms porque é a categoria de classificação de causa mais comum no diagrama. Descrevemos cada um abaixo:

  • Mão-de-obra: falta de habilidades, recursos e cuidados;
  • Método: o método utilizado para executar o trabalho ou procedimento durante o projeto;
  • Matérias-primas: tudo o que é utilizado para a realização da obra;
  • Medida: o impacto das decisões tomadas durante o desenvolvimento do processo;
  • Máquinas ou equipamentos: sem manutenção regular, inutilizáveis ​​ou mesmo danificados;
  • Meio Ambiente: mudanças no ambiente em que o item foi desenvolvido, como poluição, poeira, chuva, alta temperatura, espaço fechado, etc.;

No entanto, devemos lembrar que nem todos os desvios ou problemas identificados possuem causas e todos os 6Ms. Portanto, use apenas aqueles que fazem sentido durante a análise, não é obrigatório, se trata apenas de uma formatação geral.

Como montar o diagrama?

A montagem do diagrama é bem simples, basta algumas etapas e reunir os equipamentos certos associados ao problema para identificar com precisão a causa raiz. Este diagrama pode ser feito em uma planilha ou à mão.

Os seguintes passos são importantes, de forma resumida, são:

  1. Identificar o problema: Este é o passo mais importante, se o problema não for identificado corretamente, todo o trabalho subsequente pode ser em vão. As perguntas devem ser mensuráveis ​​e objetivamente específicas;
  2. Diagrama espinha de peixe dos problemas detectados: Uma linha horizontal é mostrada, no final da linha, à direita, onde são colocados os problemas identificados.
  3. Coloque os 6M: (Mão-de-obra, Método, Matérias-primas, Medida, Máquinas ou equipamentos e Meio Ambiente) perpendiculares a cada linha traçada para formar uma espiga;
  4.  Faça o Brainstorming: Brainstorming com a equipe por que cada M é desenhado no diagrama; .
  5. Priorize as Causas e Análise da Causa: Cada causa identificada deve ser priorizada em ordem de importância e ações devem ser desenvolvidas para resolver o problema.

Em resumo, usar um gráfico espinha de peixe não é muito complicado, mas é muito útil para monitorar o andamento do projeto. O uso dessa métrica fornece informações sobre o que está causando o desvio e torna mais fácil decidir qual ação tomar.

Agora que você já sabe tudo sobre o diagrama de Ishikawa, se quiser continuar conhecendo nossos posts, veja também!

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